O bicho não está pegando

No último domingo (31) estreou na Record o reality show A Fazenda, sucesso em mais de 30 países onde foi exibido. No Brasil, a atração iniciou de maneira morna e deixou a impressão de que necessita de uma criteriosa reforma (agrária) para deslanchar.

O esquema do projeto é semelhante ao do Big Brother Brasil, no qual participantes ficam confinados em um ambiente repleto de câmeras e microfones, em busca do prêmio final de R$1 milhão. A diferença é que no agro-reality os participantes são celebridades – de segunda linha – e o ambiente em questão é uma fazenda requintada.

A direção do programa não é ágil, a iluminação e captação de som são precárias e os participantes parecem não estar preocupados em abocanhar o milhão, o que preocupa Britto Jr. que, ao constatar o clima de exagerada descontração, alertou os “jogadores” para a seriedade do jogo e do prêmio ofertado.

Britto, que é jornalista e encontra-se afastado da apresentação do matinal Hoje em Dia, também contribui para que a vaca encaminhe-se para o brejo. O apresentador está aparentando desconforto na condução do programa e mostrando-se burocrata no trato dos “animais” famosos.

O reality tem alcançado audiência média de 12 pontos, o que não é ruim, mas também não corresponde às expectativas dos executivos da emissora. Resta saber se a equipe do programa saberá realizar os ajustes necessários na atração e se Britto Jr. conseguirá convencer o telespectador de que, realmente, o “bicho vai pegar”.

Caso contrário, a frase - candidata a bordão- revivida pelo apresentador em momentos cada vez mais desconexos, continuará a não empolgar. E a porca poderá torcer o rabo.

Por Rufino Jr.