quarta-feira, 10 de junho de 2009

É real, e em dólar



O Brasil entrou em recessão técnica. O desemprego no país atingiu o número recorde de 2 milhões de pessoas. As obras do PAC estão atrasadas. O que o governo fez? Decidiu emprestar dinheiro ao FMI.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta quarta-feira (10) a inclusão do país no clube dos 47 credores do Fundo Monetário Internacional. O Brasil emprestará US$ 10 bilhões para o fundo através da compra de bônus destinados a financiar países em crise.

Além do Brasil, outros países emergentes comprarão esses bônus. O empréstimo da China será de US$50 bilhões e o da Rússia, de US$10 bilhões. Mantega afirmou que não se deve esperar elevado rendimento desses papéis, já que o FMI não deve repassar com custos elevados aos países que necessitam desse crédito.

A intenção do governo brasileiro de ajudar países em crise é nobre - e confusa. O próprio Brasil está entrando oficialmente em crise, já que o PIB registrou queda por dois trimestres consecutivos. Isto nos faz entender que a equipe econômica do governo tem dificuldade para estabelecer prioridades de investimento.

Este é o jeito Lula de governar: o Brasil se fortalece no cenário internacional ao passo que se mantém anêmico internamente. Parece estar funcionando muito bem, uma vez que a torcida em prol de uma terceira candidatura do presidente ganha cada vez mais fôlego.

Por Rufino Jr.

5 comentários:

  1. Como um país pode emprestar 10 bilhões de dólares e não conseguir pagar a sua dívida externa...????



    Que país é esse...que coisa hein...???


    Thiago Hirakawa

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  2. Dinheiro nunca faltou neste país. Prova maior eh o montante da verba pública que eh desviada a cada ano!

    Pq a gripe suína não chega à Brasilia, hein?! "/

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  3. Certeiro e corajoso, Rufino Jr. Certeiro: questionar o popularmente inquestioável é sinal de que essa hipnose promovida pela venda do produto Lula não dura muito nem funciona em todos; você demonstra isso sem ser partidário ou parcial. Corajoso, precisamente porque seu trabalho, desde as cabeceiras (refiro-me ao seu momento acadêmico) não teme remar contra a corrente da história partidária pessoal, caso seja necessário. Muito bom!
    P.S. A Petrobras, recentemente, não tomou uma grana de empréstimo para desenvolver projetos? Claro que não foi do FMI, mas, também é "chic" emprestar para o Fundo, com a Petrobras sem fundo?!
    Cristiano M. da Silva

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  4. ah, se tudo fosse tão simples assim. Se governar fosse jogar banco imobiliário eu realmente me candidataria. Se a regra singela da economia fosse gastar menos e economizar mais. Há dois séculos atrás isso talvez funcionasse. Mas hoje em dia, temo confessar que dois e dois nem sempre somam quatro. E o Lula? Não acho que ele seja o rei do país e governe por decretos. Há mais uma centena de cérebros por trás de tudo isso meus caros. Sai uma lula, mas sobra todo o resto...

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  5. Comentário do comentário: "sai uma lula, mas sobra o resto..." , o resto: uma porção de tubarões.

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