quinta-feira, 21 de maio de 2009

Impressões e reflexões: visita a “Obra Marginal”













Inovador, surpreendente e moderno. Esse é o resultado do trabalho fotográfico de Ana Rita Vidica, Diretora do Curso de Publicidade e Propaganda da Universidade Federal de Goiás, em exposição na Galeria de Arte Contemporânea Potrich. A obra está apresentada em 29 fotos: 13 de “imagens provocativas”, da própria natureza do local, como o esgoto e viaduto, 14 registrando os locais onde essas “imagens provocativas” foram fixadas (outdoors e paredão da própria via) e duas do ambiente comum da Marginal Botafogo.

A exposição “Obra Marginal” foi dividida em dois momentos. A primeira, conhecida por “Primeira Transformação”, utiliza-se de imagens cruas e frias, sem manipulação das cores. São 7 imagens, acompanhada de outros 7 painéis identificando que todas as “imagens provocativas” foram fixadas em outdoors.

Essas imagens manifestam um certo estranhamento em quem passa no local, já que estão competindo com o espaço publicitário da via expressa. Quem passa na área deve ficar se perguntando “o quê é isso? Que coisa é essa? Isso aqui quer dizer o quê?”.

O segundo momento é a representação das “imagens provocativas” sobre um olhar mais artístico-poético. São imagens com cores e tons fortes, trabalhadas com auxílio de técnicas que destacam o belo no feio, contrastando o urbano e a arte. São imagens que exploram as cores artificiais, cores que não estavam no momento que as imagens foram registradas. Esse segundo momento é conhecido como “Transformação Poética”.

É o momento no qual se recai sobre um olhar polêmico: Quem disse que foto não é arte? Essas fotos artísticas, diferentemente das imagens provocativas, foram fixadas nos paredões de pedra construído ao longo da via. São 6 imagens trabalhadas artisticamente, de 300 x 70 cm, acompanhadas de 7 fotos com registro do local em que foram fixadas. Surge a dúvida: Será quem está na margem? A “Obra Marginal” ou o espectador, já que a obra é o centro da arte?

Muitos questionamentos passam a ser feitos em cima daquelas imagens, antes provocantes, e agora artísticas. São dicotomias que propõem a transformação do espaço urbano? Como pode o feio se tornar belo? Que estranhamento é esse?

Todas essa impressões e idéias são situadas no momento em que o espectador está diante das obras. Trata-se de uma obra interessante e reflexiva. Uma coisa é certa: não há como ficar indiferente diante de uma exposição como essa.

Por: Thiago Hirakawa

3 comentários:

  1. Fui na exposição e adorei as fotos.


    Bom texto.

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  2. Tiago seu Trabalho esta perfeito
    Parabens!!!
    Renatiinha

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  3. oi tiago me nota, se você ja estudou o texto da Ana com o nome de "a fotografia na veia pulsantes da cidade" e tiver alguma opinião sobre responda por favor to desesperada

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